27 junho, 2010

A importância do Amor

Há uns anitos atrás uma pessoa que me foi muito importante e me conheceu muito bem disse-me de tom muito grave que eu dava muita importância ao Amor. Que não sabia viver bem só para mim, que sem amor me perdia. Dei-lhe toda a razão, mais não fosse por uma dor de amor eu havia colocado a minha vida de pernas para o ar, havia permitido que o Amor destruísse os outros aspectos todos da vida.
Dessa importante madrugada de conversa ficou sempre a frase de que não mais deveria permitir que o amor tivese tal importância.

Ontem, por mero acaso, ao fazer a recuperação de dados de um  portátil de uma amiga dei com fotografias de cinco pessoas, cinco histórias distintas.

Foram elas que me fizeram pensar de novo a rigor neste assunto, pois as fotografias são de alguns poucos anos, e nelas algumas destas pessoas estão tão diferentes que se não as conhecesse pessoalmente até diria que eram outra gente! Os seus brilhos e sorrisos de há 5 e 7 anos atrás são tão distintos que me arrepiei, parei tudo o que estava a fazer e recostei-me na cadeira, gelada pela verdade da dedução que inevitavelmente alcancei.

Três destas pessoas estavam então apaixonadas e muito felizes pela altura das ditas fotografias.
A Teresa estava mais bonita, com brilho no olhar e uma leveza de quem nada teme, rosto cheio de energia e até traquinice.

A Pati, bem, eu já não a conheci com aquela cara que vi nestes retratos, portanto foi um choque para mim ver nela um espírito, afinal, tão livre e colorido. Lamento tanto Pati, de sinceridade. A Alex sempre me disse que eu nunca te conheci de verdade, agora vislumbro a probabilidade dessa afirmação ser verdadeira.

A Alex, a minha ex-xwoman.... para além de me custar ver que tal como as amigas referidas antes estava com uma aurea brilhante e agora já não tanto, o que me dói é o conhecimento da minha parte nisso. No coração da x-woman está agora escrito "broken by SaraChuva". Viva os anos que viver nada o remedeará. Nunca esquecerei e nem perdoarei que assim tenha sido...

Todas estas pessoas sofreram em algum momento, ou momentos, a dor do amor com acentuada gravidade, e isso alterou-as, porque nos altera, nos parte.

E pode dizer quem estiver a ler que afinal de contas é normal que ao final dos anos as pessoas já não tenham a mesma luz e vivacidade que se tinha no anos 20 e qualquer coisa e que poderá ser essa a diferença que noto nas pessoas. Mas calma com essa conclusão pois eu ainda não falei das restantes duas pessoas das cinco que anunciei.

Falta falar das A&A; juntas há 11 anos, enfrentaram muitas dificuldades, como todas nós, mas estão hoje com o mesmo ar e sorrisos de há 7 anos atrás! ESTÃO IGUAIS!!

Portanto, a conclusão é simples, já escrita por tantos poetas e compositores de outros tempos e de hoje.
A importância do amor é tal que se nota na cara retratada das pessoas, é só: fundamental.
Se nos corre bem somos brilhantes, se nos corre mal ficamos apagados.

Pessoalmente desejo não partir mais nenhum coração e às pessoas sobre as quais escrevi e ás quais dedico este post, espero que não mais lho partam.

Com sincero amor de amiga.

23 junho, 2010

Elogio à Feminilidade

Não foi o sofá vermelho em que estava sentada que atraiu o meu olhar.

Parei para ver o que brilhava Nela naquela instante; estava de jeans, uma túnica branco imaculado com genuíno remate de renda no decote. O cabelo solto e selvagem, rosto isento de artificios cosméticos e como acessórios apenas uma pulseira tigrada que dizia com as suas sandálias veranescas de onde saltavam à vista  uns pés bonitos e delicados. As suas longas mãos, das mais bonitas que já vi, terminavam em unhas pintadas de vermelho, a cor  do sofá...

Mas não era nada do que tinha vestido e menos o eram os alegorismos que usava que me tinham feito parar e olhar,  Ela reluzia femilidade pela forma de falar, de olhar, pelos trejeitos, pela delicadeza com que segurava o seu falador cigarro, pelos sorrisos e risos autênticos.

Feminilidade, há quem a tenha inatamente. Há quem a conquiste. Há quem a tente comprar e há quem nunca a alcance.

20 junho, 2010

FINALMENTE!

TERESA e HELENA

Ao fim de quatro anos, promulgada a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, Helena e Teresa conseguiram finalmente contrair casamento. Foram as primeiras



Quatro anos após a primeira tentativa frustrada, Helena Paixão e Teresa Pires transformaram-se hoje no primeiro casal homossexual a contrair casamento civil. As duas mulheres casaram na 7.ª conservatória de Lisboa.



As duas foram declaradas pela conservadora "unidas pelo casamento" às 09:45, numa sala onde estavam cerca de trinta pessoas que aplaudiram o casal e a declaração. As duas abraçaram-se e beijaram-se.

E assim fecho com muito orgulho e felicidade a categoria "Quero Poder Casar" neste blog! :)
Já Posso Casar